Moeda Fiduciária

Moeda Fiduciária é qualquer título não-conversível, ou seja, não é lastreado a nenhum metal (ouro, prata) e não tem nenhum valor intrínseco. Seu valor advém da confiança (fidúcia, do latim fidere = confiar) que as pessoas têm de quem emitiu o título. A moeda fiduciária pode ser uma ordem de pagamento (cheques, por exemplo), títulos de crédito, notas promissórias, entre outros.

História

A dinastia Song, na China, foi a primeira a emitir uma moeda de papel, por volta do século XX d.C. Marco Polo, em seu livro “As Viagens de Marco Polo”, descreveu a moeda fiduciária no século XIII. Johan Palmstruch, em 1661, emitiu a primeira moeda fiduciária do Ocidente.

Nessa época, o título era lastreado em ouro e/ou prata. Mas, aos poucos, como os clientes não exigiam a conversão em metal, os bancos começaram a emití-lo sem lastro total.

Século XX e o Acordo de Bretton Woods

Durante o século XX, a moeda fiduciária ou papel-moeda já estava estabelecida. Com os bancos centrais monopolizando a emissão da mesma, e as devidas regularizações do governo para que não houvesse hiperinflação.

De 1944 a 1971 o valor do dólar era fixado em US$ 35 por 31,1034768 gramas de ouro, de acordo com o sistema de Bretton Woods. O sistema acabou em 1971, quando o presidente Richard Nixon cancelou a conversibilidade do dólar em ouro, deixando o câmbio flutuante e acabando com qualquer lastro do papel-moeda.

Moeda Fiduciária — Como Funciona

Na prática, a moeda fiduciária é qualquer documento que você poderia aceitar como pagamento, confiando que, depois, o tal documento seria aceito como pagamento de outro produto ou serviço por outra pessoa ou empresa.

Por exemplo, você aceita um cheque de 500 reais pois sabe que tem fundos e que poderá usá-la para pagar outra coisa. Não importa que seja apenas um pedaço de papel sem valor próprio, você confia que essa nota será aceita por qualquer pessoa, instituição, comércio do Brasil como uma forma de pagamento.

O real é uma moeda de curso forçado, ou seja, uma pessoa não pode se negar a aceitá-lo como método de pagamento. O governo garante assim o valor da moeda como meio de troca. Assim o governo consegue criar dinheiro sem precisar de um ativo [como ouro] para servir de lastro.